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maga rosa

Oficina de artes esotéricas e criativas.

maga rosa

Oficina de artes esotéricas e criativas.

29
Dez22

A casa nova

por maga rosa

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Dizia eu numa outra publicação que o fim do ano seria o limite. E foi!

Em finais de Novembro (de 2021), quando estávamos prestes a desistir, encontrámos o que é hoje o nosso novo lar. Um sítio onde me senti em casa desde a primeira visita. Um sítio que me fez dar asas à imaginação. Um sítio onde encontrei vizinhos inesperados mas muito especiais, por quem tenho um enorme carinho e a quem estou muito grata pela forma como nos receberam e têm tratado ao longo deste último ano. Pessoas que fizeram parte da minha infância e das minhas memórias. Vizinhos que são família.

 

A vida sabe o que faz. Ou o universo. Ou os deuses. Encarrega-se sempre de colocar tudo nos seus devidos lugares, por mais torto ou ingrato que seja o caminho. Lá diz o ditado, que, “Deus escreve direito por linhas tortas”. Este novo capítulo da nossa história foi escrito em cima de uma crise pandémica que veio dar um abanão à estabilidade e mudar mentalidades. 

 

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💜

13
Set22

O casamento

por maga rosa

 

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Faz hoje um mês que casou a minha filha mais velha. A minha deusa grega. Bem sei que Diana era uma deusa romana e Artémis sim, é a sua versão grega. Para mim vai dar no mesmo e grega ou romana, a minha Diana estava uma princesa. Ela é uma princesa. Estava linda, linda, no dia que escolheu para se tornar numa senhora casada. Sou uma mãe e avó embevecida com a sua prole.

 

O grande dia demorou a chegar, mas no momento H passou num ápice. Desde 2020 a adiar. Como diz o ditado, à terceira é de vez. E foi! Já aconteceu e hoje à distância de 1 mês, sinto que passou depressa demais e ocupada como estava a viver o momento e a cuidar da minha pequenina esqueci-me de fotografar tantos pormenores que queria.

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No cartão da minha máquina encontrei uma única foto onde apareço, meio que desfocada, para dar lugar à mesa no primeiro plano. É o que há. Entre as do fotógrafo arranja-se mais alguma, mas isso fica para uma outra publicação. Isto vai por episódios! ;)

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Foram dias muito ocupados, tivessem 48 horas e ainda eram poucas. As lembranças ficaram por nossa conta e obra (eu e a noiva), mas lá está, com a pressa ficaram a faltar as fotos para colocar aqui. Apenas há um vislumbre das mesmas em cima da minha mesa. Saquinhos de alfazema, bases para copos em madeira trabalhada também por nós. E colheres íman. Para as crianças, polvos em tons lilás, feitos pela Diana. Tudo a condizer com o tema, ou temas. Em 3 anos algumas ideias mantiveram-se e outras sofreram alterações. Faz parte. É assim a vida, sempre em constante mutação. O mesmo aconteceu com a placa de boas vindas que pintei com tanto carinho, nem uma única foto no meu cartão. A ver se tenho mais sorte com as do fotógrafo, que ainda só vi por alto.

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Os centros de mesa fomos decorá-los à véspera à quinta. Simples, mas elegantes. Criativos também. Garrafas com água e um raminho lá dentro, cortados à minha artemísia. Valeram as garrafas aqui da adega de Almeirim, que o pessoal da casa foi esvaziando e eu guardando. Frascos de produtos vários, onde colocámos umas singelas flores. Os botões de rosa (e as pétalas à porta da igreja), vieram da nossa futura casa que andei a cuidar e regar com todo o carinho e atenção ao longo do verão. Agradeceram-me florindo o quanto precisava. Sou grata à natureza por esta oferta. Ingredientes especiais para identificar os convidados e em cada mesa uma receita da Diana ou do João. Na minha mesa o ingrediente especial foi a salsa, por acaso ou com intenção, só a Diana saberá. Que é algo que, diz ela, a leva de volta à infância e ao nosso quintal, é um facto. 

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31
Dez20

Vermelho é a cor do sucesso

por maga rosa

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Este é um texto em jeito de despedida do ano velho (que saudades deixa-nos poucas), e uma forma de me redimir por tantas folhas/post’s em branco.

 

2020 foi (e ainda é por mais algumas horas) um ano e tanto! O mundo parou (ou quase). Dizem que a vida nunca mais vai ser como antes e eu quero acreditar que sim, que não vai, mas no bom sentido. Que o ser humano vai aprender a lição e sair disto muito melhor. Uma versão melhorada de si mesmo. Com um olhar mais benevolente e menos crítico. Com mais amor pelo próximo e menos palavras ácidas (basta abrir a caixa de comentários de qualquer publicação nas redes sociais e está cheia delas). Mais amigo. Mais natureza. Menos egoísta. Que me desculpem os mais sensíveis, ou aqueles que já estão num patamar mais acima, mas ainda há muito trabalhinho a fazer para que o ser humano seja realmente um ser digno de respeito e merecedor deste planeta que nos foi permitido habitar. Que a pandemia ao menos sirva para que arrumemos a nossa casa (Terra) e isso faz-se começando por mudar alguns hábitos...

 

Mudando de assunto (que este tem pano para mangas) e voltando à ideia original que tinha para este “post”…

           …Há muito que deixei de fazer uma lista de “desejos” para o ano seguinte, mas não deixo de desejar interiormente que certos objectivos sejam cumpridos.

 

E já que a cor vermelha energeticamente é símbolo de sucesso, então é de verniz desta cor que dou as boas vindas a 2021 (mesmo que de pijama). Com ou sem passas a marcar cada badalada da meia-noite, vou ter em mente o caminho que percorri no ano que termina e os passos que ainda me faltam (ou nos faltam) para alcançarmos os nossos objectivos e transformarmos em realidade os nossos sonhos. E que sonhos! 2020 pode ter sido o que foi, um ano zerado, em stand-by, mas cá para estes lados tem sido cheio de possibilidades de mudança. Por vezes as dificuldades são os nossos melhores professores e o trampolim para fazer acontecer.

 

Que 2021 venha cheio de acontecimentos (mas dos bons!)

(Cá por casa aguarda-se uma Benedita, um casamento adiado, uma reforma antecipada, uma mudança de casa…)

 

Feliz novo ciclo para todos, ou o melhor que consigamos!

 

💖

12
Out20

A (talvez) possível e inesperada mudança de casa

por maga rosa

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Dizem que não há amor como o primeiro, mas não é bem assim. Eu apaixono-me por cada nova casa que vamos ver. E não é uma paixoneta qualquer. É daquelas de tirar até o sono. O primeiro amor, uma pequena vivenda anos 70/80, no alto de uma rua em espaço aberto e amplo, deixou-me a sonhar com os possíveis jardins envolventes que lá iria construir. Muita dança da chuva teríamos nós de fazer, porque ao preço que está o metro da água e demais contas para terceiros e afins, só se for um jardim de cactos no meio do deserto.

 

A segunda paixão e que dura até ao dia de hoje, (tenho um coração grande, posso apaixonar-me por vários amores ao mesmo tempo eheheheh), encheu-me as medidas, os sentidos e a alma. A casinha (tem dois pisos, mas é uma casinha mesmo assim), encostada à linha que nos separa do vizinho de trás. Um jardim (ou vislumbre dele) à frente para nos receber e a quem passa. De um lado, uma “floresta” de citrinos onde me imagino a percorrer caminhos feitos da cor de tijolo e ladeados por malmequeres e flores de todas as cores. Do outro lado a horta. Aquele rectângulo de terra que nos iria encher o prato (e mais à família toda) e preencher as horas vagas e mais aquelas que queremos ter para ir conhecer o mundo fora de portas. Se há mundo encantado, está ali, mesmo à mão de semear e tão ao meu alcance (assim os deuses queiram e nos encaminhem nesse sentido). Tem lá mais um apêndice (de terra) a querer obrigar-nos a ser agricultores à força, mas isso agora também não interessa para nada.

 

(Para quem há uns tempos queria trocar a casa por uma autocaravana para se fazer à estrada e ao mundo, agora só encontra pedaços de terra enormes onde cravar e criar raízes bem fortes… E que eu pensava difíceis de arrancar de onde estamos e vivemos as últimas 3 décadas, mas a capacidade de sonhar é grande...)

 

E não é que surge um terceiro amor, uma pequena e bonita vivenda, de construção recente, rodeada de relva e sítios para flores, de onde posso ver quem passa, mesmo como eu andava à procura. E ainda tem espaço suficiente para reunir a família toda. E a horta. Essa, seja onde for, vai estar sempre lá à nossa espera e das nossas árvores tropicais. Eu disse que não a ia ver com olhos de apego. Não queria. Mas vi. E senti-me em casa, mesmo sendo a casa de alguém. Branca e luminosa com tudo o que é preciso. Eu sei que ali íamos ser felizes.

 

Mas como o número que mais me acompanha nos mais diversos acontecimentos é o 4, surge uma quarta proposta que nos deixou a pensar. Não é nada do que eu queria (ou quase nada), mas já me fez sonhar bastante. É um mundo fechado entre quatro muros (e paredes), mas até que podia ser o meu mundo vendo bem as coisas de outro ângulo. É a mais trabalhosa de início e uma carta fechada. Não foi uma paixão assolapada à primeira vista, mas pode ser um amor forte e seguro para ir amando a cada transformação.

 

As 4 fizeram o meu coração vibrar, e só espero que não apareça mais nenhuma porque a continuar, a escolha torna-se cada vez mais difícil. Assim eu tivesse várias vidas, tantas quantas as possibilidades que se nos apresentam. E ainda sobrava uma vida para gastar numa casinha qualquer na rua de Óbidos. Naquela rua que eu gosto tanto de calcorrear para um lado e para o outro. É a rua. A única.

 

💜

22
Abr20

Quarentena - dia 40

por maga rosa

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Desde que a pandemia começou, foi a primeira vez que sonhei com o assunto. A noite foi passada às voltas com o vírus. Numa primeira fase do sonho, antes das seis da manhã, (sei que foi antes porque acordei), as imagens estão mais sumidas da minha mente acordada. Mas sei que teve imensos contornos. No geral ficou a ideia de que se começava a andar lá fora. Nós (marido e eu), íamos a algum lado de carro. Penso que a uma zona de mar, ou de rio. Haveria água. Era um passeio. Desisti porque percebi que iria lá andar imensa gente. Depois veio mais outra parte dentro do mesmo sonho. Estava a planear ir a casa da minha mãe, que já não vejo desde que isto tudo começou, mas falamos todos os dias por telemóvel (isto é real, menos a parte de pensar ir lá a casa agora). De repente lembrei-me que não podia, que iria pô-la em perigo, andando pela casa dela como se nada fosse. Desisti.

 

Já de manhã, pouco antes de acordar definitivamente, voltei a sonhar com o assunto. Andava tudo na rua. A vida parecia ter voltado à normalidade. Estava numa espécie de feira. Havia grupos de pessoas aqui e ali. Depois dei por mim a entrar numa loja, uma retrosaria. Havia algum cuidado, pareceu-me, porque o número de pessoas lá dentro era limitado. No entanto, mesmo quando eu ia a passar da entrada para dentro, uma mulher cheia de pressa entrou também, dando-me um encontrão. Passou por mim e foi para a zona do balcão.

 

Depois, já num outro cenário, provavelmente à espera de transporte público. Sentei-me numa ponta de um banco comprido. Na outra ponta, sentou-se uma mulher que me terá reconhecido e veio falar comigo. Respeitou a distância. Entretanto, uma outra mulher acompanhada de uma criança aproximaram-se também, ficando de pé na minha frente. Demasiado perto até. A criança encostou-se mesmo. A mãe logo atrás da filha. Senti o meu espaço invadido e lembrei-me que me tinha esquecido de levar máscara. Ninguém ali andava de máscara. Olhei para as minhas mãos e estava de luvas, daquelas brancas descartáveis que se ajustam à pele. Comentei sobre o facto e tentei pôr algum bom senso na cabeça daquela mãe.

 

Espero que este meu sonho não seja um prenúncio daquilo que virá a seguir, numa fase já sem estado de emergência, quando todos pudermos sair à rua. Espero sinceramente, que haja mais bom senso, porque esta “guerra” ainda não acabou. Há que ter os outros países como exemplo, os primeiros e que já passaram esta fase. Todos têm voltado a uma segunda vaga da pandemia. Todos e nós não vamos ser excepção. Tenham isto em mente e façam a vossa parte. Continuem a proteger-se mesmo depois de decretada a volta à normalidade. Todos.

 

🍀

08
Abr20

Quarentena - dia 26

por maga rosa

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Hoje voltei às minhas pinturas. E é um facto que nelas eu demoro-me e reinvento a minha capacidade de sonhar. Nelas eu fico horas e horas seguidas, pincelando miudinho cada traço, cada mancha de cor. Nelas eu encontro a serenidade e esqueço que lá fora o mundo quase parou. Fico suspensa num traço certeiro que trará a forma desejada. Enquanto isso, faço uns equilibrismos e contorcionismos para chegar à perfeição, que não existe eu sei, mas que almejo. E viro-me para dentro de tanto apreciar a obra e lhe pintar umas nuances. E o mundo fica mais belo. Ou pelo menos o meu mundo. Quero acreditar que o mundo lá fora também. E ainda há quem não saiba o que fazer ao tempo…O meu é tão pouco para tantos sonhos!

 

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🍀

31
Mar20

Quarentena - dia 17

por maga rosa

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Neste 2º dia da 3ª semana de afastamento social, ocupei o meu tempo sobretudo a sonhar. Sim, a sonhar com as formas do novo desenho que vou pintar brevemente e que será a continuação de uma história já existente aqui nos nossos aposentos…

 

 

Pedra Filosofal

Eles não sabem que o sonho

é uma constante da vida

tão concreta e definida

como outra coisa qualquer,

como esta pedra cinzenta

em que me sento e descanso,

como este ribeiro manso

em serenos sobressaltos,

como estes pinheiros altos

que em verde e oiro se agitam,

como estas aves que gritam

em bebedeiras de azul.

 

Eles não sabem que o sonho

é vinho, é espuma, é fermento,

bichinho álacre e sedento,

de focinho pontiagudo,

que fossa através de tudo

num perpétuo movimento.

 

Eles não sabem que o sonho

é tela, é cor, é pincel,

base, fuste, capitel,

arco em ogiva, vitral,

pináculo de catedral,

contraponto, sinfonia,

máscara grega, magia,

que é retorta de alquimista,

mapa do mundo distante,

rosa-dos-ventos, Infante,

caravela quinhentista,

que é cabo da Boa Esperança,

ouro, canela, marfim,

florete de espadachim,

bastidor, passo de dança,

Colombina e Arlequim,

passarola voadora,

pára-raios, locomotiva,

barco de proa festiva,

alto-forno, geradora,

cisão do átomo, radar,

ultra-som, televisão,

desembarque em foguetão

na superfície lunar.

 

Eles não sabem, nem sonham,

que o sonho comanda a vida,

que sempre que um homem sonho

o mundo pula e avança

como bola colorida

entre as mãos de uma criança.

(António Gedeão)

 

🍀

Quem é a maga rosa?

É uma alma antiga, bruxinha ou alquimista, que sabe que é o sonho que comanda a vida e que o essencial só é visível ao coração, pelo que coloca paixão em tudo o que faz, mesmo que aos olhos dos outros não passe de uma lunática. Quando desce à terra, deita cartas e lê nos astros, enquanto vai espalhando pinceladas de cor e boas energias!

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