Quarentena - dia 45
Que fome eu tinha de campo e de fotografar.
E a natureza aqui tão perto!
🍀
Saltar para: Posts [1], Pesquisa [2]
Que fome eu tinha de campo e de fotografar.
E a natureza aqui tão perto!
🍀
Balanço do dia: 2 em casa e três a trabalhar fora.
Depois da tempestade vem a bonança. Depois de um dia chuvoso, frio e até granizo, veio o sol para nos aquecer a alma e renovar a esperança.
Deu para aproveitar o quintal, fotografar as poucas flores em flor que sobraram do ano anterior e sobreviveram ao Inverno. A pandemia antecipou-se aos meus trabalhos de jardinagem e não cheguei a arranjar plantas novas para completar os espaços vazios. É o que há e sou grata por isso.
O marido aproveitou para cortar uns ramos da copa do araçazeiro para o Sol entrar. As plantas baixas agradecem.
🍀
Gosto do número 14 e do 4 também. Significados à parte, são números que sempre andaram de mãos dadas comigo em momentos importantes. Hoje é o 14º dia de isolamento voluntário aqui no meu pequeno mundo. O 4 está muito ligado à estabilidade e dando uma olhadela rápida ao mapa astrológico do momento, temos a Lua e Vénus em Touro. Mais estabilidade. Para mim, é um vislumbre de esperança. Queiram os deuses que a tal curva estabilize e comece a virar no sentido oposto.
Vamos todos enviar boas energias para o universo e pedir para que interceda por nós. Que ele nos ouça e nos alivie a carga e torne a caminhada mais leve. É que a lição está a ser dura…
Estas rosas da foto são especiais. Foi o genro, sempre amoroso, que as trouxe, uma para cada uma das três mulheres aqui da casa. Já lá vão 20 dias desde o dia da mulher e ainda aqui estão a colorir e embelezar a nossa casa e os nossos dias. Os caules estão cheios de vida com os seus rebentos verdes (que vou tentar que ganhem raízes e transpor para a terra no quintal). Hoje vão para todos aqueles que passarem aqui por este cantinho da maga. Bem hajam e sintam-se em casa!
🍀
Andam duendes cá em casa, só pode! Mal viro costas para ir fazer umas comprinhas para encher a despensa e eles fazem das suas. Ou serão dois querubins que aqui tenho? Atentos aos meus desenhos e pinturas. Vigilantes e protectores das minhas artes para que nada se dê por perdido e nem se prolongue muito no tempo. Mas diabretes ainda assim, porque me obrigaram a uma mudança no padrão das cores à custa da sua incursão pelo mundo das minhas tintas.
São uns duendes diabretes alquimistas, que deixam um rasto de ouro à sua passagem. As minhas rosas ganharam contornos de ouro. A rosa branca agora está contornada a dourado e a outra flor lá de cima ainda por pintar e que ia seguir o padrão rosa das demais, viu-se engalanada pelo mesmo brilho do real metal. Ganhou botões igualmente dourados.
(filhota e seu boyfriend, não se preocupem que eu mantive a vossa arte intrusa inalterada, ou quase…) Malandrecos! 😘💜
A saga do jardim das fadas continua. Enquanto houver vontade, enquanto houver onde e enquanto houver sonhos, as flores continuam a crescer no meu jardim. É um sonho que vai ganhando forma lentamente, ao ritmo da sombra que vai e volta. Do tempo que vou ganhando em cada manhã ao sol célere que teima em vir cada vez mais cedo. E em se pôr cada vez mais tarde. Ou em aquecer cada vez mais a minha tela cada vez menos em branco. Outros detalhes esperam a sua vez de serem colocados no lugar. Ou de serem produzidos… Enquanto isso, a selva cresce a olhos vistos. As pedras mudam de lugar (desconfio que as fadas já andam por aqui) … As nossas patudas fazem das suas. E eu limpo, lavo, corto uns ramos. Pinto. E torno a limpar e a olhar para as pedras que esperam a sua vez. E preparo mais cores.
Este é um móvel, mas não um móvel qualquer. Podia ter escolhido a via mais fácil e usá-lo tal como estava, colocado num canto qualquer nos fundos da casa, para guardar ferramentas. Escolhi dar-lhe uma nova cara, uma nova cor e uma nova vida. Foi-nos dado por uma colega do marido (bem sabem que gosto de aproveitar estas coisas…) e eu escolhi dedicar-me a ele de alma e coração.
Durante o processo de recuperação, nem tudo foram rosas e a uma dada altura houve até uma pontinha de desapontamento, mas depois de quatro camadas de tinta (que afinal se revelou lindíssima), algumas alterações à ideia inicial e outras tantas aplicações, ficou uma bonita peça decorativa e única.
Agora, os meus olhos enchem-se de orgulho sempre que passo pelo móvel das bebidas!
Mas antes de chegar ao que é agora, houve todo um longo processo de restauro. Vinha com aqueles furinhos típicos do caruncho e mesmo não gostando eu nada de usar venenos, neste caso é mesmo necessário, se não queremos ver a mobília reduzida a pó. No segundo passo tive a ajuda do marido. Usámos as paletes que tínhamos tirado da cerca da horta e fizemos um tampo de reforço, que ele pregou por cima do original e pode ser visto aqui. Reforçou também os pés traseiros com uns pedaços de madeira, porque além de serem frágeis, um deles estava comido pelo bicho da madeira. As paletes revelaram-se muitos úteis e com elas fizemos ainda uns apoios para as garrafas, que pregámos na parte inferior do móvel.
Lixar. Pintar com primário. Pintar de vermelho. Sentir a frustração de não ser bem aquilo. Reformular a ideia. Pintar mais e mais de vermelho até obter uma cor uniforme. Pintar por cima com branco a “parede” do fundo. Pintar de branco o interior e a frente das gavetas. Pintar o tampo de branco. Lixar.
E chegou a hora que me fez dar pulinhos de contente. Experimentar fazer decoupage, que não é nada mais e nada menos que colar pedaços de papel. Usei guardanapos próprios para o efeito que, felizmente, encontrei à venda em dois pontos aqui da cidade. Numa livraria e numa loja de produtos para artes e que se vendem avulso.
Para o tampo, rasguei com as mãos pedaços do guardanapo à volta dos motivos florais para dar um aspecto mais natural. Nas prateleiras as folhas foram usadas inteiras. Cada guardanapo tem 3 películas. Retiram-se duas delas e só se cola a exterior e que tem os desenhos. É tão fina que fica transparente depois de colada, o que dá para ver no tampo (o fundo dos desenhos também é branco tal como a tinta usada).
Usei cola branca que apliquei com um pincel fino. A cola é aplicada na superfície (neste caso a madeira), aplica-se o papel e alisa-se bem de modo a não deixar bolhas. Depois leva mais uma camada de cola por cima.
O segredo para uma aplicação perfeita, está em usar um plástico por cima para alisar o papel. Se usar as mãos, já era!
Por fim, e depois de deixar secar de um dia para o outro, lixei. Queria dar um ar mais natural e vintage, pelo que o desgaste com a lixa teve esse efeito. Parece até que é pintura.
Por último, foi a finalização do tampo pintando (a pincel), a grinalda a preto e a frase. Lixei algumas zonas estratégicas do móvel para dar aquele ar de desgaste.
Com direito a assinatura de autor! 💙
Trazendo-a para dentro de casa. Convidando-a a entrar e a instalar-se no meu quintal. E que bem que ela fica no meu pedaço verde, com os seus matizes de rosa, branco e amarelo. Instalou-se com modéstia, mas juntas vamos tornar o jardim encantado. O nosso jardim. O nosso cantinho zen que outrora já foi horta e agora ganhou nova vida com o chão feito com os tijolos que o destino nos tinha guardado no quintal dos vizinhos. Aqueles mesmos tijolos que publiquei aqui. Este é um piso feito de histórias. As nossas, as dos vizinhos e aquelas que eles guardaram quando eram paredes numa outra casa de uma outra família, noutra época. E a Primavera entrou e quis ficar. Há lá amor-mais-perfeito do que o nosso!
Numa próxima “história” trago-vos os nossos amores-perfeitos, as azáleas, a margarida… as ervas bem cheirosas, as pedrinhas que ainda hei-de pincelar com tintas e desenhos… e mais, muito mais.
Créditos da foto: maga rosa
35 seguidores
A subscrição é anónima e gera, no máximo, um e-mail por dia.
Muita água mesmo, a quem o diz!Tudo de bom para av...
Grata pela visita e pelas agradáveis palavras! E s...
Finding wedding hall is so easy now by wedding ban...
Olá boa noite, vim aqui parar no meu voo pelos blo...
Grata!