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maga rosa

Oficina de artes esotéricas e criativas.

maga rosa

Oficina de artes esotéricas e criativas.

06
Abr20

Quarentena - dia 23

por maga rosa

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O dia de hoje iniciou cedo para alguém aqui da casa e com certeza para muitos portugueses e muitas outras pessoas pelo mundo fora. Cada país com o seu horário, mas todos ligados pelo mesmo objectivo. Eu que sou tão dada a esoterismos e tinha pretensões de fazer da meditação uma prática regular, neste tempo de isolamento, tão propício, ando noutra frequência. Sendo assim, fui dormir à hora habitual com a intenção de acordar cedo (mas não tão cedo) para tratar da marmita da filha que não pode ficar em casa. Curiosamente, acordei à hora em que as preces feitas em meditação colectiva subiam aos céus e fiquei sentada na cama com a sensação de que algo me chamava e não era o wc. O relógio do meu telemóvel marcava as 3 horas e 40 e alguns minutos. Voltei ao sono sem pensar mais no assunto e nem me ocorreu que na sala ao lado havia uma filha em meditação guiada, iluminada por um ser muito bonito e ligadas numa corrente energética a outras pessoas.

 

Dizem os entendidos que o dia de hoje tem (ou teve) uma energia muito forte. É assim uma espécie de portal cósmico. Um momento no tempo em que as preces ficaram mais intensas, e a energia universal, de grupo, criou uma vibração sem precedentes. Uma energia de cura.

 

A somar a isto, há ainda uma vertente mais religiosa do dia, o Domingo de ramos. Dita a tradição que neste dia se fazem as cruzes com ramos de árvore para receber Jesus e ramos de flores que serão abençoados pelo sacerdote durante a missa. A nossa foi feita pela Diana com um ramo do limoeiro aqui do quintal.

 

🙏    🍀 

01
Mar20

Um dia surreal - 29 de Fevereiro

por maga rosa

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29 de Fevereiro. Um dia que só acontece de 4 em 4 anos e o nosso ontem foi surreal. Terminámos o dia num baile de máscaras, de um Carnaval fora de tempo. Esta foi a foto possível, nós, as três gerações em pose na rua antes de entrarmos para o carro que nos levou ao salão de baile. Eu, a minha mãe e a minha filha. As três da vida "airada" como diziam lá na terrinha que me viu crescer. Nós sempre prontas para a festa. A enfermeira e a chinesa (ou seria japonesa?) dispensam apresentações. Eu fui o repórter ávido por notícias daquele que é o assunto mais falado da actualidade. O tal de coronavírus. Foi só uma brincadeira, nada mais.

 

Mas antes, ainda no começo do dia, fomos a um evento com um mês de antecedência. O dia 29 estava lá, só o mês que é seria outro. Um desencontro que acabou por ter a sua piada e serviu de mote a um almoço familiar num restaurante com uma vista espectacular. Foi a refeição certa escrita por linhas tortas. Não posso deixar de fazer referência ao WC do sítio, que deve ter tido um designer com um sentido de humor peculiar. Sentada no trono senti-me como na minha casa-de-banho quando estou no banho e entra lá alguém. Tem daquelas portas que tapam mas não escondem grande coisa. Fez lembrar aqueles sonhos que por vezes temos, em que queremos muito fazer um xixi mas toda a gente nos vê. 

 

No caminho de volta demos com uns acasos para lá de transcendentes, surreais, impensáveis. Parecia que estávamos no meio daqueles filmes de apanhados. Onde já se viu levar uma carrada de ramos sem irem devidamente acondicionados e presos. Óbvio que um deles veio parar à estrada e foi apanhado na parte de baixo de um carro que também por ali transitava, enquanto uma motorizada tentava ganhar terreno ao condutor descuidado, deixando à nossa frente um rasto de fumo. Mas conseguiu. E a camioneta encostou à borda.

 

Mais à frente, um condutor distraído ia com a bagageira escancarada. Foi a nossa vez de o alertar para encostar e fechar aquilo antes que os pertences voassem de lá para fora. Tudo ontem era distracção e tudo era escancarado. Portas escancaradas. Intimidades escancaradas. Vidas escancaradas. Vidas postas a nu. O universo ontem andou no mínimo estranho.

 

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Modéstia à parte, mas a criatividade de última hora ainda nos valeu o 3º prémio e que já faz parte da garrafeira made maga rosa.

 

Para terminar o dia, ou a noite, conseguimos chegar a tempo de recuperar a tampa da objectiva que tinha esquecido horas antes no parapeito da janela. Estava lá no cantinho atrás do gradeamento e por isso, ou porque ainda há gente honesta, não vou precisar de encomendar uma nova. 

 

Surrealismo de um Mercúrio retrógrado no signo mais cabeça no ar de todos (Peixes), ou as energias de um dia que só acontece uma vez a cada 4 anos? Talvez ambas. 

22
Dez19

Natal, Yule e a magia do Inverno

por maga rosa

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Hoje, dia 22, quando acordarmos pela manhã, podemos agradecer ao Senhor do Tempo a visita do Inverno que aguardou silenciosamente a sua vez de reinar e agora chega de mansinho. Traz vestido um longo manto branco debruado a cinza, ornado por contas de gotas de chuva e na cabeça todos os galhos das árvores despidas. Atrás de si deixa um aroma a velhoses de abóbora e uma suave magia com as cores do Natal e luzinhas a piscar. Na sua mão esquerda ergue uma tocha para iluminar as longas noites escuras como breu, enquanto lança braçadas de azevinho de bolinhas vermelhas e dá lustro às folhas de agulhas verde-escuro dos pinheiros.

 

Bem- vindo Senhor Inverno!

Feliz Natal. Feliz Yule.

 

 

                                                                                                                             Imagem: Pinterest

02
Nov19

Halloween ou Pão por Deus?

por maga rosa

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Há quem defenda que o mais importante é a tradição e há quem aproveite todas as oportunidades para se divertir, mesmo que se trate de “estrangeirices”. Eu sou de opinião que se pode ter e viver as duas. Pode-se brincar ao Halloween no 31 e no dia seguinte pegar na saquinha e ir de porta em porta pedir o pão por Deus. Uma não invalida a outra. (A juntar a estas duas datas há ainda o dia de finados, que se vive no dia 2 de Novembro visitando e enfeitando com flores as campas dos entes queridos já falecidos). 

 

Pessoalmente, vivi uma infância em que era pelo Carnaval vestidos com o que tínhamos em casa mas disfarçados o melhor que conseguíamos, que íamos de casa em casa, pregando uns sustos e de saco na mão à espera de retornar a casa com ele cheio de guloseimas e com alguma sorte, algumas moedas também. Foi assim uma espécie de 3 em 1. Carnaval, Halloween e Pão por Deus. Conta a minha mãe, que ainda jovem adulta mas já mãe aqui desta que vos escreve, de ir pregar uns sustos aos vizinhos já noite serrada mas em dias de Carnaval, com uma abóbora esvaziada do seu miolo, uns buracos como olhos e uma vela acesa lá dentro. Não é isto típico da famosa noite das bruxas?

 

Há quem diga que o que se vive cá nesta data, nos dias de hoje, não é nosso e sim influência do estrangeiro. Há quem escreva até que não passam de americanices. Pode até ser. Mas, não fará lembrar também Samhain, a festa pagã dos Celtas para celebrar o fim do verão, início do Inverno e a época das colheitas? E não corre nas nossas veias também algumas gotas do sangue do povo Celta? Foi-me ensinado nas aulas de história na escola primário (e eu lembro-me bem disso), que antes éramos os Iberos e fomos invadimos sucessivamente por outros povos, de outras regiões, incluindo os Celtas e daí passarmos a ser chamados de Celtiberos. Não é de estranhar que tenhamos adquirido alguns hábitos e costumes de quem veio e por cá ficou, seja há muitos ou poucos séculos atrás, ou seja nos dias de hoje. E isto inclui alguns costumes pagãos dos Celtas. Eu sei que nós portugueses somos feitos de muitas partes e é isso que faz de nós quem somos, tão diferentes entre nós, mas únicos. Tão hospitaleiros e sempre curiosos e abertos ao que é novo e externo a nós.

 

Eu aceito a diversidade, e tudo o que venha para nos tornar mais “ricos” em experiências e melhores pessoas, é bem-vindo!

 

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Este ano, mais uma vez fez-se a festa cá em casa, com muitos jogos, diversão e risos. A cada ano é sempre especial, mas o mais importante mesmo, é o convívio. Desta vez não restaram muitas fotos e trago-vos as possíveis. É o que há, mas os bons momentos passados, esses já ninguém nos tira. São essas as recordações que ficam e que levamos pela vida fora. 

 

Ainda não são muitas as crianças que aparecem por aqui a reivindicar os costumes, mas lá vão aparecendo. No 31, veio um grupo de crianças pela tarde. À noite, bem tarde por sinal, vieram uns a rondar o começo da adolescência. Na manhã do dia 1 foi a vez de dois rapazinhos tocarem à campainha a pediram o pão por Deus. Há tempo para todos e doces também. Não foi muito, mas a taça dos bombons que havia em cima da mesa deu um jeitão.

20
Abr19

A Sexta-feira Santa na oficina

por maga rosa

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A tarde de ontem foi passada na oficina a dar andamento a uma velharia e a produzir uma pequena porta para o jardim das fadas. Arrastei o marido comigo, é que há coisas que ainda não arrisco e uma delas é a usar a serra eléctrica. E convenhamos que trabalhar com companhia é outra história! E duas cabeças pensam mais que uma.

 

Trabalhar numa Sexta-feira Santa? Os meus antepassados devem andar às voltas lá onde se encontram, incrédulos com tamanha imprudência. No tempo deles, (nas zonas rurais pelo menos), os meios dias santos eram sagrados. Faziam tudo o que havia a fazer na manhã de Quinta e depois do meio-dia já ninguém mexia uma palha. Jejuava-se (ou pelos menos não se comia carne). As mulheres sentavam-se no lado de fora das casas com as suas orações. Os homens não faço ideia. Havia um enorme temor pelo castigo divino. De geração em geração transmitiam-se estas tradições e algumas lendas sobre quem desrespeitou o “Senhor”, como o caso de certa mulher que foi caiar a casa e na parede escorreu sangue. Dizem (ou diziam) que era o sangue de Cristo. Sexta à tarde a vida voltava à normalidade (ufa, estou safa!).

 

Por conveniência juntaram-se os dois meios-dias santos num só e passámos a ter o feriado num dia inteiro. Fazia lá algum sentido ir trabalhar só meio dia ali pelo meio quando se pode ter um fim-de-semana prolongado! ;)

 

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Aqui tudo se aproveita. As paletes da vedação da horta serviram para fazer um tampo reforço do móvel (depois conto-vos a sua história e para que vai servir) e para fazer a portinha das fadas.

 

A minha criança interior gosta tanto destas coisas. Na porta estão as memórias e a energia da minha infância, naquele puxador que foi parafuso de um banco da carrinha de caixa aberta do meu pai, onde ele transportava os trabalhadores. Hoje as ripas de madeira são outras, mas os pés do banco ainda cá moram e fazem parte do meu jardim.  

 

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ps. para quem não sabe o que é caiar, é o acto de pintar, mas com cal, uma forma mais barata de pôr as paredes brancas. 

06
Mar19

O meu Carnaval

por maga rosa

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Gosto dos bailes e das brincadeiras de Carnaval. Gosto do pré-carnaval. Do preparar das fantasias, de imaginar e criar os fatos. Sorte a de ter um marido músico, assim bailes não me faltam, ano após ano.

 

Em criança vestia-me com o que tinha, quase sempre a roupa dos meus pais. Quase sempre a matrafona. Uma máscara daquelas de plástico no rosto e lá ia eu feliz da vida, de casa em casa pela aldeia fora, juntamente com outras crianças. Regressava sempre com algumas moedas e guloseimas que nos davam e que repartíamos por todos. Fazia parte.

 

Este ano a criação das fantasias foi no momento. Sim, fantasias. Saí Sábado e Segunda-feira. No primeiro dia usei o fato de palhaço de anos anteriores, mas do qual continuo a gostar. Sempre gostei de ser a palhaça! :D

 

Na Segunda-feira arrisquei uma reação de eczema no rosto e produzi-me de caveira mexicana, bem colorida e com flores. Só dispensei a cara branca, com pena minha, pelo motivo que mencionei no início da frase. Tive dois parceiros de fantasia, a filhota e o namorado dela.

 

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O morto (nickname de concurso), valeu-lhe o prémio de melhor mascarado.

 

Créditos das fotos: maga rosa

04
Nov18

Uma noite das bruxas diferente...

por maga rosa

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Aqui as bruxinhas é que mandam no tempo e se o “Natal é quando o homem quiser”, o Halloween é quando as bruxas assim o decidem. Este ano atrasámos o calendário duas noites por conveniência geral e a Sexta esteve ao rubro cá em casa. Até a Milka participou com o seu casaquinho amarelo, mas chegou inteira ao final da noite.

 

Dos cerca de 20 convidados alguns ficaram pelo caminho. As vassouras devem ter ficado sem combustivel ou desviaram-nos para outros caminhos. Treze pessoas fizeram a festa, número que teima em acontecer cá por estes lados nos mais diversos festejos.

 

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Doce ou travessura?

A senha de acesso aos aposentos bruxeliantes: 1 provérbio!

 

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A mesa da tortura. A prova das iguarias das bruxas. A expectativa e o suspense. Bom ou mau? Seis equipas (a conviva mais nova ficou como assistente), seis lugares à mesa (a dobrar, vá). Os sabores variaram entre o bom e o horrível. Arroz-doce com sabor a nada (e vá, experimentem comer arroz-doce sem açúcar e sem sal e depois contem-me!), broas de alho (este ingrediente secreto não podia faltar numa mesa de bruxas ehehehe) e bebidas com e sem álcool, mas daquele que queima até os fungos mais resistentes das unhas dos pés dos monstrinhos. (não sei quem teve a brilhante ideia de fazer ginginha com álcool quase puro). Vá lá que podia ser bem pior. E seguiram-se as provas dos provérbios e da mimica.

 

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Vencedores fomos todos, mas houve um par que alcançou mais pontos, os “Black Cats”.

 

Saudações maléficas!   

 

                                                                                               Créditos das fotos: maga rosa                                                     

 

Quem é a maga rosa?

É uma alma antiga, bruxinha ou alquimista, que sabe que é o sonho que comanda a vida e que o essencial só é visível ao coração, pelo que coloca paixão em tudo o que faz, mesmo que aos olhos dos outros não passe de uma lunática. Quando desce à terra, deita cartas e lê nos astros, enquanto vai espalhando pinceladas de cor e boas energias!

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