O meu campo de açafrão
Não tenho por hábito falar aqui sobre os livros que leio, mas este último levou-me numa viagem incrível por paisagens exóticas e pelos meandros dos sentidos e das emoções, o que fez com que ainda me encontre numa espécie de transe. Ehehehe
Inicialmente achei-o mesmo um pouco chatinho, pelo que levei dias a passar das primeiras páginas. Havia ali umas repetições e tempos verbais a causar-me alergia… Depois, à medida que percorria as vielas labirínticas do enredo, entreguei-me por completo à leitura. Fiquei viciada, é o que é! E quanto mais avançava na história, mais fundo ia dentro de mim mesma…
Todos nós, algum dia, acabamos por encontrar o nosso campo de açafrão, ou seja, o sentido para a nossa vida ou a motivação para seguirmos em frente neste plano existencial. Se bem que, fazer planos para o futuro seja algo ilusório, porque tanto como se fazem também se desfazem, dependendo das encruzilhadas com que nos deparamos.
E eu encontrei o meu ao escolher um caminho mais místico, um caminho sem volta. Ou talvez ele já estivesse impregnado no meu ADN, ou trazido das muitas vidas que a minha alma carregou antes de escolher este corpo. Pode bem ser uma herança que só descobri ao fazer esta viagem mais ou menos solitária, ao interior de mim mesma. O certo, é que hoje olho para a vida de uma forma bem diferente e plena. Devo concluir, que encontrei a paz de espírito e ao mesmo tempo a pedra filosofal e o meu campo de açafrão repleto de sensações e de cores mágicas!...
(Antes que me perguntem, o livro a que me refiro chama-se “O feitiço de Marraquexe” de Rosanna Ley)
Imagem daqui