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maga rosa

Oficina de artes esotéricas e criativas.

maga rosa

Oficina de artes esotéricas e criativas.

17
Mar20

Quarentena - dia 3

por maga rosa

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Hoje acordámos com um enorme vendaval. Ventania que levou tudo pelos ares e trouxe-nos mais alguma coisa com que nos entretermos. Era a roupa pendurada na corda a secar e que voou. Foram as árvores que se despiram mais um pouco para nos dar o que varrer… E acordámos fora de horas sem despertadores e nem compromissos para nos fazer saltar da cama às pressas.

 

As filhas já tinham ido cada uma para os seus respectivos postos de trabalho.

 

O pão faz falta nas mesas e o dinheiro para pagar aos funcionários também. Reduziram-se horários, limitam-se os produtos à venda e criam-se barreiras. É entrar e andar (ou assim deveria ser). A filhota Helena é uma guerreira.

 

Noutra linha da frente encontrava-se a filhota Diana. As escolas encerraram, as educadoras podem trabalhar a partir de casa, mas há limpezas e desinfecções a fazer e isso cabe às auxiliares. O quase marido, à laia de segurança protector, nem ficava tranquilo se não a fosse levar e buscar. Pelo menos não andou de transportes públicos. Menos mal. À saída passou pelo supermercado para trazer meia dúzia de coisas que nos fazem falta. Comida.

 

Enquanto isso, nós dois, o marido e eu, demos outra cara à arrecadação da oficina. Agora sim, já dá gosto lá entrar.

 

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Desde que a Helena migrou do 1º andar para o sótão que os meus pertences vieram pousar em cima da mesa de trabalho da oficina e em todos os cantinhos possíveis. Desconfio que as mudanças têm o poder da multiplicação. Nem sei como é que aquilo tudo cabia nas prateleiras lá de cima. Eu bem que tentei fazer de conta que nada daquilo é real, que é só uma alucinação, ou uma ilusão de óptica, mas sempre que corro a porta há uma montanha de livros prestes a escorregarem por ali abaixo. E mealheiros, bibelôs, flores de papel…

Hoje armei-me em super mulher e meti mãos à obra, mas perdi-me entre os livros e encontrei algumas preciosidades, como o meu velhinho livro de português do 2º ano do ciclo (actual 6ºano). Fiquei mesmo feliz.

 

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🍀

 

 

15
Mar20

Quarentena - dia 2

por maga rosa

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Hoje foi dia de continuar a tratar do quintal à semelhança de ontem.

 

É o que se pode chamar de ir para fora cá dentro. O marido e o genro entretiveram-se a limpar uns ramos da nespereira e o chão do nosso pedacinho de verde. Foi limpar, sujar, limpar… E a saga vai continuar nos próximos dias. Da minha parte, deu-me para ir começar a organizar a arrecadação da oficina, tarefa à qual se juntou o marido. A ameaça de chuva interrompeu-nos mas amanhã também é dia. E nos seguintes também.

 

Enquanto isso, lá fora tínhamos uma das filhas a trabalhar para que os bens essenciais não faltem nas mesas. É estranho, como uma simples ida à rua agora nos parece algo tão complexo e que requer tanta logística. É a soma de estratégias para evitar voltar contaminados para casa, subtraindo contactos sociais e aumentando em cuidados redobrados. Parece coisa de filme. Se ao menos desse para desligar a tv quando nos fartássemos. Ou o covid-19 fosse como nos mostram as imagens, aquelas bolinhas com excrescências que mais parecem cravos-da-índia espetados, mas do tamanho de laranjas. Quando viessem directas a nós, só tínhamos que nos desviar.

 

A outra filha e respectivo boyfriend numa tentativa de fugir da civilização foram respirar o ar do campo. Pelos tapetes de Yoga e pelos vídeos que vi dos dois, tenho a certeza que a natureza lhes fez muito bem e mantiveram o corona à distância.

 

Depois seguiu-se a saga dos filmes. Houve quem preferisse ir descansar cedo porque amanhã tem de trabalhar e estes dias têm sido duros. Eu fiquei a ver a Maléfica em segunda fila, enquanto escrevo este texto para o blog.

 

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🍀

13
Dez19

No país das maravilhas

por maga rosa

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As pinturas no cantinho da Alice estão terminadas. Se não tínhamos nenhuma Alice, passámos a ter! Se já fazia parte do nosso imaginário desde crianças, agora passou a fazer parte do nosso dia-a-dia e sempre que subimos ao 1º andar lá está ela à espreita. À espreita está também o gato risonho empoleirado no espelho grande e a Milka ganhou uma nova companhia. O coelho anuncia que é tempo de fazer alguma coisa. Flores é que não faltam. Cogumelos. Amores-perfeitos. A estrada de xadrez que nos leva para lá do nosso imaginário e a um belo chá das cinco.

 

Para quem não souber que caminho escolher, é só escutar dentro si que sentimento fala mais alto e seguir as setas.

 

Gosto tanto deste meu jardim!

 

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💗

06
Out19

Nos aposentos da Rainha de Copas...

por maga rosa

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Toda a corte tem a sua Rainha e aqui impera a do naipe de Copas, a dos corações vermelhos. Não a Rainha vermelha, mas a outra. A do coração vermelho de paixão pela vida, pelo que faz, pelo gostar. A que ama o amor, as pessoas e as flores e não anda a cortar cabeças. Não é caprichosa, é altruísta. A defensora das boas causas, a confidente, aquela que nas cartas segura o cálice de água. E água é símbolo de amor e emoções. E quem segura o cálice tem o controlo. Mas não é má como a pintam aqueles que teimam em lhe chamar de Rainha Vermelha. A do filme. Aquela que ficou de fora da minha história e não a outra, a que vive nos meus aposentos mas não na minha parede.

 

E o coelho lá segue apressado ao toque da corneta e do tic-tac do relógio…


❤️

20
Ago19

A mesa grande

por maga rosa

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Esta é a mesa! Aquela mesa que acolhe várias famílias inteiras mas que no dia-a-dia a nossa família se acomoda e aconchega só numa ponta, como se não houvesse mais espaço. É o tamanho da toalha de mesa de outrora. A mesa cresceu mas as toalhas não. Qualquer dia a maga faz uma magia e o tecido cresce, mas agora até tem mais piada assim. Ficamos mais juntinhos e sempre podemos ir variando onde estender a toalha. Nos intervalos ela fica despida aos nossos olhares e não há cá toalhas de plástico a interpor-se. Gosto de passar a mão e sentir o toque da madeira aveludada pela camada de cera de abelha. De vez em quando lá reclamo dos riscos e dos descuidos, mas é a vida. Gosto de ter um lar e não um museu.

 

Dantes as conversas (e as refeições), faziam-se à volta da mesa redonda. Aquela que nos colocava tão próximos, tão frente a frente e ainda sobrava espaço de chão para dançar. E que bailes! Às vezes o salão transformava-se em discoteca com luzinhas e tudo (o que vale é que temos os melhores vizinhos.) J Em dias de festa, por vezes, resgatava-se também a mesa comprida da oficina e ali ficava muitas vezes até à próxima celebração. Não tanto pela preguiça, mas mais pelo prolongar da sensação de festejar. Os habitantes mais novos diziam que ficava tão bem uma mesa grande. E eu que nem sou de sofás, nas sessões de cinema ficava em segunda fila, na plateia. Tinha ali uma localização estratégica na ponta daquela mesa onde o meu portátil encaixava tão bem e eu rentabilizava o tempo. Curioso, agora que temos a mesa grande não me sento lá com o computador. Vá-se lá saber porquê!?

 

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O marido começou logo a materializar a ideia da mesa grande e como não é de meias medidas mandou-se para os 3 metros e 60 centímetros. Eu ainda resisti pela dificuldade de despego das mesas redondas, mas só metade de mim votou contra, pelo que ela veio mesmo. É em madeira maciça, pinho americano (dizem que mais leve que o nacional, mas um peso bruto a meu ver na mesma e mais macia.) Formada por  4 tábuas a todo o comprido que os carpinteiros muito bem uniram. A base é formada por dois pés de máquinas de costura iguais à que já tínhamos na anterior. Essa era condição. Lá andámos nós a procurar por toda a internet (ainda bem que existe) e fomos a Lx buscá-las. O restante trabalho ficou por minha conta e risco. Lixar, pintar e tornar a lixar… Pintei o tampo em branco que lixei parcialmente até se verem alguns veios da madeira. Terminei com duas camadas de cera e por fim passei um pano seco para dar lustro. Estive quase, quase, a deixá-lo como um livro, cheio de frases escritas, mas terminou como uma folha em branco.

 

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Aquela trave acrescentámos nós e para dar maior segurança e apoio ao tão comprido tampo, depois de muitas voltas à mente e ao ambiente à nossa volta, o marido achou (literalmente), um cabide grande de pé que cortámos em pedaços e usámos para fazer o tal reforço. Para completar a obra, escrevi uma frase de cada um dos lados. Tinha de ser. Não foi em cima, foi em baixo.

 

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Há lá coisa melhor que uma mesa cheia com a família e amigos à sua volta, a partilharem histórias!?

10
Ago19

Candeia que vai à frente...

por maga rosa

… alumia duas vezes! – já dizia o ditado popular.

 

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E esta aqui vai “iluminar” o jardim das fadas. Foi a minha tarefa de hoje, tirar-lhe a ferrugem e dar-lhe cor. Cá em casa gostamos de objectos com história. Peças antigas que por muito simples que sejam, tratadas com o carinho e empenho que merecem, podem revelar grande beleza. E mais, são peças únicas! Deste candeeiro já lhe perdi a conta aos anos que está na nossa posse. Décadas. Penso que terá vindo da casa dos meus pais, a mesma casa onde vivi em solteira. Da casa de onde saí casada. Hoje deixou de ser a candeia com ferrugem pendurada na casa do fundo, para fazer parte de um projecto que me encanta e tem iluminado os meus dias. É a porta de entrada para um mundo de sonhos como a Alice no espelho. É o meu mundo encantado e o meu pequeno paraíso. É o meu recanto zen e inspirador. É a passagem para a oficina da maga.

 

Quem é a maga rosa?

É uma alma antiga, bruxinha ou alquimista, que sabe que é o sonho que comanda a vida e que o essencial só é visível ao coração, pelo que coloca paixão em tudo o que faz, mesmo que aos olhos dos outros não passe de uma lunática. Quando desce à terra, deita cartas e lê nos astros, enquanto vai espalhando pinceladas de cor e boas energias!

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